Para os judeus, o pedido de noivado é um dos passos mais importantes na vida de um homem e uma mulher.
O noivado só pode ser realizado entre judeus, não é permitido que o noivo ou a noiva seja de outra religião. Mas existe a possibilidade de conversão, desde que seja genuína, ou seja, não apenas para cumprir com as regras do casamento.
Para isso, a pessoa precisa passar por um processo de três etapas (Giyur): circuncisão, micvê e aceitação de todos os 613 preceitos que são realizadas por 3 rabinos.
O irussím (noivado) ocorre através de um contrato de casamento, onde o casal se compromete a se casar em um futuro próximo e em quais condições o casamento deverá ser realizado.
A promessa é feita pelos pretendentes ou parentes próximos (a pedido do casal), formalizada através do Shtar Tena'im (conhecido como “documento das condições”) que são redigidos em um texto padrão e assinados pelos noivos e duas testemunhas.
Após a leitura, as mães dos noivos quebram o prato. Essa é uma das tradições mais conhecidas até mesmo por quem não segue a religião.
A quebra do prato simboliza que, assim como a porcelana nunca pode ser consertada após quebrada, o contrato do noivado precisa ser bem cuidado para que não se rompa e suas consequências sejam irreparáveis.
Em preparação para a cerimônia de noivado, os noivos participam de um ritual chamado de Mikvah, onde separadamente, a Kallah (noiva) e o Chatan (noivo) são imersos em água simbolizando a purificação espiritual.
Após a imersão, o casal entra pela primeira vez na Khupá (uma tenda com quatro pilares) que simboliza uma casa sendo planejada, onde o noivo oferece algo valioso como um anel, junto com uma taça de vinho compartilhada para selar os votos do pacto.
Todo o processo de noivado dura cerca de um ano, e nesse período é possível dar início aos preparativos da cerimônia oficial de casamento.